Breve Histórico

Em 18 de junho de 1928 uma vida nova começava, em forma de cidade. Imigrantes japoneses vestiam a pele dura de pioneiros e, desbravadores, fundavam Bastos. Para eles, sinônimo de vida nova. Haviam deixado seu milenar Japão para aventurarem-se num jovem, promissor, mas muito difícil país. O Brasil, de línguas e costumes tão diferentes, era para os japoneses imigrantes como a terra prometida, que tudo daria em suas terras tidas como as mais férteis do mundo à época. Época do café, sinônimo de ouro puro.

Não demorou muito para que estes valorosos pioneiros vissem que o verdadeiro ouro era a força de trabalho e a determinação que traziam em seus corpos e almas, herança forjada em centenas de gerações de seu povo. Com a derrocada do café na profunda crise de 1929, acabou-se o sonho de fazer ouro com as lavouras. Mas sobreviver era preciso e os imigrantes foram buscando alternativas para manter o sonho de vencer do outro lado do mundo.

Do café passou-se ao algodão, fruticultura, sericicultura, aprendeu-se a fabricar o fio da seda. Alguns, cansados de lutar com a terra de difícil cultivo na gleba de Bastos, arriscaram a criar galinhas. Estava dado o passo mais importante para o futuro do município: foi encontrada a vocação que faria de Bastos uma capital - a Capital do Ovo.

Da primeira granja, com galinha criada solta, à mais nova delas, inteiramente mecanizada e com manejo de primeiro mundo, uma História inteira se fez. E é continuada agora, todos os dias, pelos descendentes dos pioneiros e por milhares de outros brasileiros que acreditaram no potencial de Bastos.

Bastos foi deixando, ao longo dos anos, de ser vista como uma restrita colônia japonesa para ser encarada como uma cidade de negócios, onde a avicultura cresce, a fiação de seda é a melhor do mundo e a mais produtora do Brasil, o mercado imobiliário é aquecido e em constante expansão, o mercado de trabalho é constante, o povo é forte, o futuro é promissor.

Bastos, muitos anos de trabalho, crescimento, futuro. Como imaginavam os pioneiros ao chegarem em 1928, aqui tem mesmo ouro puro: um povo capaz, digno e persistente. Parabéns, Bastos

O nome
O município tem seu nome originário da Fazenda Bastos que pertenciam a Henrique Bastos. A propriedade foi escolhida pelo fundador do município Senjiro Hatanaka que escolheu as terras para adequação dos imigrantes no Estado de São Paulo.

Os imigrantes
Em 1908, o navio Kasato Maru atracou no porto de Santos trazendo os primeiros 793 imigrantes japoneses. Com 50 milhões de habitantes na virada do século, o Japão enfrentava problemas econômicos e excesso de mão-de-obra. O Brasil, sem escravos desde 1888, necessitava de trabalhadores, principalmente para as plantações de café - para onde vieram também os imigrantes italianos.

Entre 1908 e 1914 vieram dez navios com imigrantes das regiões de Okinawa, Kumamoto, Fukuoka, Hokkaido e Fukushima. Mas a chegada às fazendas de café no Estado de São Paulo foi decepcionante: as áreas precisavam ser desmatadas, a jornada de trabalho ia do clarear do dia até à noite, as casas eram de pau-a-pique e terra batida, sem móveis e sem banheiro. Alimentos básicos e desconhecidos, como feijão e carne seca, eram comprados nas fazendas a preços elevados; não havia verdura nem peixe - a base da alimentação oriental.

A partir de 1910, surgem colônias de pequenos agricultores dedicados ao cultivo de produtos variados. Com o dinheiro que tinham conseguido guardar, compraram terras em várias regiões do interior paulista.

Foi assim que surgiu a cidade de Bastos. O último navio a transportar imigrantes para o Brasil chegou a Santos em 1973. Nessa época, a grande expansão da economia japonesa tornava a saída do Japão pouco atrativa.
 

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